Operação Traíra 2016
O Comando Militar da Amazônia (CMA) iniciou, no dia 4 de abril, a Operação Traíra, um conjunto de operações combinadas, dentro do contexto da intensificação da presença na faixa de fronteira, entre as forças militares brasileiras e a dos países vizinhos, Colômbia e Peru, na Amazônia brasileira.
Para isso, conta com a participação dos órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Força Nacional de Segurança Pública; além de contar, ainda, com outros órgãos governamentais, como a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Ministério Público Federal.
A finalidade da operação é realizar ações contra ilícitos transfronteiriços e ambientais, identificando possíveis envolvidos com essas atividades, principalmente no que se refere à extração ilegal de madeira e à garimpagem ilegal de ouro.
Nesse sentido, tropas das Forças Armadas Brasileira, do Exército Colombiano e da Armada Peruana estão mobilizadas para realizarem operações na fronteira correspondente de seu território de maneira simultânea. No Brasil, as operações ocorrem do Estado do Acre e no Amazonas, tendo como prioridades de atuação nas regiões da Serra do Traíra (AM) e da Serra do Divisor (AC).
O CMA está empregando tropas das quatro Brigadas de Infantaria de Selva subordinadas, dentre elas, a 16ª Brigada de Infantaria de Selva (16ª Bda Inf Sl), que realiza suas ações por meio dos Destacamentos Japurá, Curupaiti e Solimões, que são integrados por tropas de combate e apoio ao combate. Em Tabatinga, a organização militar que atua diretamente na Operação é o Comando de Fronteira Solimões e 8º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron Solimões/8º BIS).
De forma inovadora, a 16ª Bda Inf Sl estabeleceu o Posto de Comando Tático Fluvial em uma de suas embarcações, garantindo mobilidade e flexibilidade ao trabalho de seu Comandante e Estado-Maior.
No sentido de proporcionar apoio às necessidades assistenciais da população, no dia 6 de abril, ocorrerá uma ação cívico-social na Comunidade Indígena Umariaçú, na cidade de Tabatinga, na qual serão realizados atendimentos médico e odontológico, vacinação, aferição de pressão arterial, além de atividades educacionais e de recreação para crianças.
Nesse contexto, é necessário que a sociedade compreenda a ilegalidade jurídica das atividades desenvolvidas em garimpos clandestinos, na prática de extração ilegal de madeira, no tráfico de drogas, na biopirataria, dentre outros ilícitos. Assim como é importante que haja a conscientização coletiva de que a prática desses delitos transfronteiriços é a responsável pelo aumento da criminalidade na região.
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