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Forças Armadas apresentam a Amazônia à comitiva formada por operadores do direito

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A missão: revelar uma Amazônia que os militares da ponta linha conhecem bem.

Uma comitiva formada por 27 membros do Poder Judiciário e de Órgãos essenciais da Justiça estiveram na Amazônia Ocidental para conhecer o trabalho das Forças Armadas. A visita aconteceu nos municípios de Manaus e São Gabriel da Cachoeira, entre os dias 13 e 15 de julho.

Em Manaus, a comitiva foi recebida pelo Comandante Militar da Amazônia (CMA), General de Exército Geraldo Antonio Miotto, que apresentou uma palestra sobre as ações e dificuldades enfrentadas pelo Exército nas faixas de fronteira. A palestra aconteceu no auditório do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Na ocasião, o Comandante do CIGS, Coronel Lampert, falou sobre a formação dos Guerreiros de Selva, curso reconhecido mundialmente. Por fim, a comitiva fez um passeio dirigido ao zoológico do CIGS e pode conhecer os cuidados dos militares especializados com as mais de 500 espécies de animais silvestres.

No dia seguinte, a bordo da aeronave C-99 Brasília da Força Aérea, a comitiva partiu para São Gabriel da Cachoeira (856 km de Manaus). De lá, em um C-105 Amazonas, seguiram para o 1º Pelotão Especial de Fronteira (1º PEF), localizado na comunidade indígena Iauaretê, distante 250 km de São Gabriel. A recepção ficou por conta dos Curumins, crianças da aldeia, que fizeram uma apresentação de ritual indígena. Na comunidade vivem 63 militares e suas famílias

Para o Subprocurador-Geral da União, José Roberto Peixoto, a experiência mudou a maneira dele olhar para as questões relacionadas à Amazônia. “O operador do direito fica muito no gabinete, então fazer uma visita de reconhecimento e ver na ponta como acontece as coisas é muito importante”, afirmou. “Além de garantir a soberania nacional na fronteira com o Braço Forte, os militares também são a Mão Amiga dos moradores da região”, completou.

O posto de saúde do 1º PEF é a única opção de atendimento médico da comunidade, onde habitam mais de 3 mil pessoas, entre brasileiros e indígenas. O 2° Tenente Delmiro é o único médico que atende na região. “Se não fosse o apoio do Exército com sua mão amiga nem sei o que seria dessas famílias”, afirmou Delmiro.

Para o Subprocurador-Geral da Justiça Militar, Alexandre Concesi, integrante da comitiva, a visita ao Pelotão de Fronteira “é um doutorado de brasilidade”. “Uma pessoa que mora no centro sul do país não tem noção da natureza exuberante e das pessoas trabalhadoras que existem nessa parte do país”, completou com estima.

Parte da comitiva visitou o Hospital de Iauaretê. No local, dois auxiliares de enfermagem afirmaram estar sem médico há mais de 10 meses. Ainda segundo eles, quando aparece uma emergência é o Tenente Médico do Exército quem presta assistência”, disse.

Segundo a Subprocuradora-Geral da República, Sandra Verônica Cureau, outra integrante da comitiva, é impossível conhecer essa realidade e não se sentir impactada. “Eu desconhecia inteiramente o trabalho realizado pelo Exército Brasileiro, pelas Forças Armadas, mas hoje eu sei e isso vai afetar o meu trabalho daqui por diante. Vou ver com mais sensibilidade o trabalho que envolve as Forças Armadas, não tenho a menor dúvida”, declarou.

De volta a São Gabriel da Cachoeira, a comitiva visitou o Hospital de Guarnição do Exército na região. É o único Hospital do município e os 193 médicos militares atendem por ano cerca de 45 mil pessoas em diversas especialidades. “Estamos conhecendo a realidade de um Brasil profundo. Este hospital de apoio atende 90% da comunidade local e isso demonstra o tanto que as Forças Armadas contribuem para este país”, declarou o Procurador–Geral da Justiça Militar, Jaime de Cassio Miranda.

Em seguida, a comitiva seguiu para a sede da 2ª Brigada de Infantaria de Selva (2ª Bda Inf Sl), onde foram recepcionados por militares indígenas de 23 etnias. São Gabriel da Cachoeira é o município mais indígena do Brasil e o Exército atua no local com 2 mil militares.“É uma experiência diferente e emocionante. Conhecer este trabalho do Exército nos faz lembrar que enquanto houver fronteiras, haverá quem defendê-las”, disse o Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Jamil Rosa de Jesus Oliveira.

De volta a Manaus, os operadores do Direito estampavam no sorriso e no olhar a satisfação de fazer parte de um Brasil que muitos deles desconheciam até então. Para os militares ficou o sentimento é de dever cumprido.“Tenho certeza de que eles voltam para casa levando na memória um Brasil diferente de tudo o que eles já tinham visto e que serão multiplicadores”, declarou o  Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Geraldo Antonio Miotto.

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