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Com o apoio do Exército Brasileiro pesquisadores da USP concluem expedição na Serra do Imeri

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Manaus (AM) - Nesta terça-feira (22/11), o Chefe de Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia (CMA), General ANDRELUCIO, se despediu da equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), por ocasião do término da expedição na Serra do Imeri. O grupo permaneceu por 11 dias no Imeri, região ao norte do Estado do Amazonas, e coletou cerca de 1.700 amostras entre peles, plantas, entre outros, que serão estudados nos próximos meses e anos. O Exército Brasileiro auxiliou a expedição com instruções preparatórias com a finalidade de suportar as intempéries da selva amazônica nas áreas logística, segurança e saúde.

O General ANDRELUCIO afirmou que "acredito que os senhores conheceram o Exército Brasileiro em sua plenitude durante a expedição, no relacionamento com os nossos militares, e identificamos pontos que nos unem, como a nossa Amazônia".

A expedição foi liderada pelo Professor Doutor Miguel Trefaut Rodrigues, do Instituto de Biociências (IB) da USP, e na avaliação dele a experiência não poderia ter sido melhor. "Sem o apoio logístico do Exército não conseguiríamos realizar nossa expedição. E só temos a agradecer ao apoio de todos os militares", disse.

Trefaut explicou que foi uma expedição espetacular, em um local que, segundo indígenas Yanomamis,  nunca foi habitado. "O que é muito compreensivo porque lá em cima não tem caça, não tem alimentos, e é muito íngreme, são inclinação que variam de 60º a 75º. Por isso, foi muito difícil trabalhar lá, tem muitas turfeiras (solo orgânico, similar a lama) e bromélias, era um passo para frente e dois para trás", detalhou.

"Foram coletados mais ou menos 1.200 amostras de plantas, muitas espécies desconhecidas; mais ou menos 160 amostras de répteis e anfíbios, dos quais tem entre 12 a 14 espécies novas, sendo quatro largados e talvez oito espécies de anfíbios. Você nunca faz uma expedição em qualquer lugar da Amazônia para pegar essa proporção de espécies novas. Imensamente maioria do que a gente pegou é desconhecido do Brasil, da América do Sul, e do Mundo", pontuou o pesquisador.

Ainda segundo Trefaut foram coletadas "aproximadamente 60 (amostras de) peles de aves de 25 espécies, talvez duas ou três sejam desconhecidas da ciência; coletamos oito espécies de mamíferos, sendo ratos, roedores e morcegos; e coletamos cerca de 230 amostras de sangue de vários vertebrados para estudar as doenças que podem existem naquele lugar. De qualquer maneira foi uma experiência sensacional, mais ou menos 1.700 amostras coletadas que vai dar trabalho para muitos anos".

O apoio do CMA aos pesquisadores foi prestado pelos militares do Comando do CMA, do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS); do 1º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica de Selva (1º B Com GE Sl); do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAvEx); da 2ª Brigada de Infantaria de Selva (2ª Bda Inf Sl), em São Gabriel da Cachoeira (AM); e do 3º Batalhão de Infantaria de Selva (3º BIS), em Barcelos (AM).

Fotos: Herton Escobar (USP) e Paulina Chamorro (Vozes do Planeta)

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