CMA deflagra Operação Shaw Pã II

O Comando Militar da Amazônia (CMA) mobilizou um efetivo de 574 militares para atuarem na vistoria das instalações do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na manhã da segunda-feira (06/03).

O movimento dos militares começou ainda na madrugada da segunda-feira, quando, por volta das 2h, uma primeira leva de efetivo do 1° Batalhão de Comunicações de Selva, o 12° Batalhão de Suprimentos e o 7° Batalhão de Polícia do Exército se deslocaram para o Compaj com o objetivo de estruturar e prover os meios para que a "Operação Chaw' Pã II" iniciasse conforme previsto na ordem de operações.

Em seguida, ainda na madrugada, por volta das 4 40h, o comboio operacional saiu da sede do Comando Militar da Amazônia em direção ao Compaj. A função do Exército Brasileiro é a de apoio técnico, ou seja, inspeção nas instalações carcerárias sem contato com nenhum dos 1647 presos, do regime semiaberto e fechado. Para isso, os militares irão utilizar um detector de minas e metais de emprego em combate. O equipamento, de tecnologia australiana, já foi utilizado pelo Exército Brasileiro em missões de paz na Angola, Haiti e, também, em missões de desminagem humanitária no Equador, Peru e Colômbia.

A utilização do equipamento em um contexto urbano, ou seja, em penitenciárias, exige um "modus operandi" diferente do que normalmente o detector é empregado. Nesse sentido, e mesmo o Exército já tendo expertise na prática de desminagem, os treinamentos para esta Operação (Operação Chaw' Pã II), especificamente, já vinham acontecendo desde janeiro deste ano.

"O Exército sempre está preparado para o emprego, pois nosso adestramento é constante. O que diferencia nesse caso é apenas a simulação do ambiente que, por sinal, já temos competência adquirida. Utilizamos os mesmos equipamentos na 'Operação Varredura' em 2015 e em janeiro deste ano, no Compaj, e por ocasião da Operação Chaw' Pã I, que ocorreu no dia 31 de janeiro na cadeia pública de Manaus",  disse o Comandante Militar da Amazônia, General Miotto.

Até o final da tarde, foram contabilizados as apreensões de 45 barras de ferro, 30 celulares, 02 rádios transmissores, além de facões e armas artesanais. Ao todo, mais de 1000 servidores públicos participaram da operação.