Saiba como é feita a preparação para o lançamento de cargas na TIY
Diariamente, paraquedas são instalados nas aeronaves das Forças Armadas, que realizam o lançamento e a distribuição de cestas de alimentos na região
Desde que foram acionadas, as Forças Armadas mobilizaram militares e meios aéreos para atuar na missão de ajuda humanitária na Terra Indígena Yanomami (TIY). Uma das principais ações de apoio é o envio de cestas de alimentos às comunidades indígenas, cujo número já ultrapassa a marca de 30 mil cestas distribuídas - o que corresponde a mais de 600 toneladas. Para cada lançamento, é necessária toda uma logística. Para que os suprimentos cheguem às localidades, por exemplo, as aeronaves KC-390 Millennium e C-105 Amazonas realizam lançamentos de cargas por meio de paraquedas.
O material lançado é preparado na Base Aérea de Boa Vista por uma equipe composta de fiscal de preparação de cargas e montadores, em um trabalho conjunto do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB). Nesse processo, são colocados os equipamentos e os paraquedas sob as cargas montadas no método CDS (do inglês Container Delivery System). Além do trabalho de instalação, os militares das Forças Armadas realizam o recolhimento do material em solo.
Para os lançamentos na aeronave C-105, são utilizados dois paraquedas do tipo G-13, cada um suportando até 227 quilos. Na aeronave KC-390, os paraquedas utilizados são o G-12, com capacidade para suportar até uma tonelada, e o C-6, um conjugado de seis paraquedas que possui a mesma capacidade de suporte.
Logística reversa
Após os lançamentos, equipes de terra em Surucucu, coordenada pelo Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo Ar (B DOMPSA), realizam o recolhimento dos paraquedas e aguardam a chegada da aeronave C-98 Caravan da FAB, que é responsável por trazer o material de volta para a Base Aérea de Boa Vista (BABV), para que seja feita a dobragem dos paraquedas e a montagem de novos CDS a serem utilizados nos lançamentos do dia seguinte.
Distribuição
Já em solo, as cestas são colocadas nos helicópteros da Marinha, do Exército e da Força Aérea, que fazem a distribuição para as comunidades apontadas pela FUNAI, que é o órgão responsável por designar os indígenas que serão abastecidos com os mantimentos. Operacionalmente, o sucesso da coordenação entre as Forças pôde ser comprovado com o alcance da expressiva marca de mais de 600 toneladas lançadas na TIY, desde fevereiro.
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