Forças Armadas entregam Base estratégica para o combate ao garimpo ilegal na TI Yanomami
Cerca de 19 toneladas de carga transportada, mais de 100 militares envolvidos, 34 horas de voo e aproximadamente 25 mil litros de combustível utilizado. Foi esse o esforço logístico empregado na Operação Hopiti, que realizou o transporte de material de apoio, combustível e insumos para a montagem de uma Base em Kayanaú, que já está pronta para ser utilizada por agências e órgãos de Segurança Pública no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).
O transporte da carga foi realizado pelas aeronaves UH-15 Super Cougar e H-60 Black Hawk, respectivamente da Marinha do Brasil (MB) e da Força Aérea Brasileira (FAB). “Para o sucesso da missão, foi necessária uma combinação de meios, uma vez que os comboios terrestres só conseguem chegar até a metade do caminho, enquanto as aeronaves de asa fixa não conseguem pousar na área”, explicou o Chefe da Seção de Operações do Comando Operacional Conjunto Catrimani II, Tenente-Coronel Rafael de Almeida Duque.
Já a montagem da Base ficou a cargo do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS), subordinado à 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl), que também empregou um comboio de viaturas na missão. "Houve um grande esforço para se estabelecer, em curto período de tempo, uma base com capacidade operacional em meio à selva amazônica a mais de 200 km de Boa Vista (RR). Em apenas 10 dias, conseguimos desdobrar uma base com capacidade para 45 ocupantes, dispondo de energia elétrica e transmissão de dados, e possuindo estruturas para alojamento, alimentação, controle das operações e custódia temporária de detidos, de modo a contribuir para as ações de desintrusão na TI Yanomami”, afirmou o coordenador logístico da missão, Coronel Roberto Sousa, da 1ª Bda Inf Sl.
Embora a construção da estrutura tenha sido feita pelas Forças Armadas, a Base, que teve a área cedida para utilização provisória e exclusiva para as ações de combate ao garimpo, será um importante ponto de apoio para as ações da Secretaria Especial de Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), da Força Nacional de Segurança Pública (FNS), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal (PF).
A construção do acampamento integra as ações da Operação CATRIMANI II, iniciada em abril sob coordenação do Ministério da Defesa, que visa conter as atividades ilegais de mineração, crimes ambientais e ilícitos transnacionais na TIY.
Segundo o Chefe do Estado-Maior Conjunto da Operação, Contra-Almirante Luis Manuel de Campos Mello, a Operação Hopiti representa mais uma etapa do esforço conjunto que visa garantir que a Terra Indígena Yanomami seja respeitada. “A construção de bases no interior da TIY, que é um dos focos da Operação, é fundamental. Essas bases são muito importantes para dar suporte aos ataques ao garimpo ilegal e no apoio à saúde dos povos indígenas, feito pelos agentes do Ministério da Saúde”, concluiu.
COMANDO CONJUNTO CATRIMANI II - A Operação CATRIMANI II é uma ação conjunta coordenada entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas no emprego, temporário e episódico, de meios na TIY em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, que determinou o emprego de meios das Forças Armadas, sob coordenação do Comando Militar da Amazônia (CMA), em apoio às ações governamentais na Terra Indígena Yanomami.
Fonte: Comando Conjunto Operacional CATRIMANI II
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