O voo que salva vidas: por dentro das missões de Evacuação Aeromédica

Uma ação que consiste em empregar aeronaves para remover e transferir pessoas feridas ou doentes para locais onde possam receber assistência médica adequada. Esse é o objetivo da Evacuação Médica (EVAM), que tem sido realizada desde o mês de janeiro na Terra Indígena Yanomami (TIY) e proximidades.

As missões de apoio às Comunidades Indígenas (CI) contribuem para permitir e agilizar o deslocamento dos enfermos graves dessas localidades aos centros com maiores recursos de assistência médica de emergência. Como foi o caso dos indígenas feridos após um confronto na região de Parima, dentro da TIY, no dia 03/07/2023. Na ocasião, uma equipe de saúde local encontrava-se em perigo e isolada, portanto foi necessário acionar as Forças Armadas, juntamente com a Polícia Federal (PF), para prover segurança, prestar assistência médica aos feridos e efetuar a EVAM.

“Fomos acionados com o informe de uma situação de troca de tiros, que resultou em 5 pacientes feridos e um óbito. De prontidão, começamos a mobilização para prestar o socorro a esses pacientes e realizar a Evacuação Aeromédica. A aeronave era equipada com um dispositivo que permite a visão noturna (NVG-Night Vision Goggles), que permite o pouso noturno”, destacou a Tenente Médica Camila Borges Bezerra Teixeira.

Porém, devido às condições meteorológicas adversas, não foi possível realizar o pouso dessa 1ª aeronave em Parima e, em virtude disso, por questões de segurança, a tripulação desviou a rota para a localidade de Surucucu, onde aguardaram pela melhoria das condições meteorológicas. Em apoio à missão, no dia seguinte, foi acionado o helicóptero UH-15, da Marinha do Brasil, responsável por realizar a EVAM.

Ao todo, em Roraima, as Forças Armadas já realizaram102 Evacuações Aeromédicas de indígenas, tendo envolvido aeronaves e equipes da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).