Comando Militar da Amazônia atinge a marca de R$ 1,2 bilhão em prejuízos para atividades criminosas em 2024
O Comando Militar da Amazônia (CMA) alcançou, em 2024, uma marca histórica com a imposição de R$ 1,2 bilhão em prejuízos a atividades criminosas ao longo da faixa de fronteira. Este resultado é fruto de uma combinação de estratégias de defesa territorial, combate a ilícitos transfronteiriços e ambientais, e proteção do meio ambiente. As operações somaram mais de 490 reconhecimentos de fronteira e 50 grandes operações interagências, empregando mais de 19 mil militares. Essas ações refletem o compromisso contínuo do CMA com a defesa da soberania nacional e a segurança na Amazônia Ocidental, uma região de importância estratégica e rica em recursos naturais.
Entre as ações mais recentes, destacam-se as Operações Ágata, que concentraram esforços no desmantelamento de redes criminosas dedicadas ao tráfico de drogas e à exploração ilegal de recursos naturais. No curso dessas operações, foram apreendidas 4 toneladas de pasta base de cocaína, mais de 1 tonelada de maconha do tipo skunk e 100 toneladas de minérios preciosos, além de 230 kg de mercúrio — produto frequentemente utilizado em garimpos ilegais, que causam graves danos ambientais. Essas iniciativas também incluíram a destruição de 96 veículos e 21 aeronaves, essenciais para a logística do crime organizado na região.
Outro ponto crucial nas operações do CMA é o trabalho voltado para dificultar a logística de abastecimento e escoamento utilizada por atividades criminosas na floresta. Na Operação Catrimani II, por exemplo, as Forças Armadas focaram na inutilização de infraestrutura logística utilizada pelo garimpo ilegal e outras atividades ilícitas. No total, mais de 300 acampamentos de garimpo e 45 pistas de pouso ilegais foram inutilizados, juntamente com a apreensão de 221 dragas, 977 motores, 17 kg de ouro e R$ 236 mil em espécie. Essas ações não só enfraquecem as finanças do crime organizado, como também preservam áreas de proteção ambiental e terras indígenas, como a Terra Indígena Yanomami, que tem sofrido cada vez mais com a exploração dos recursos naturais na região.
Com o avanço das tecnologias de observação e a utilização de informações de inteligência, o CMA tem intensificado suas operações noturnas e seu monitoramento em áreas remotas. Essas inovações foram essenciais na Operação Flecha Noturna, na qual foram empregadas técnicas de visão noturna e infiltração em ambientes de baixa luminosidade. Essas operações ampliam a capacidade de resposta do CMA, gerando um impacto dissuasório significativo na reorganização das atividades ilícitas. A expectativa é que, com a continuidade e intensificação dessas estratégias, a presença do Estado na Amazônia Ocidental se fortaleça, contribuindo para a segurança e desenvolvimento da região.
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