16ª Brigada de Infantaria de Selva reforça operações no Vale do Javari

A "Operação Curaretinga VII", em curso desde 30 de novembro, é uma das iniciativas da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, "Brigada das Missões", sob coordenação do Comando Militar da Amazônia (CMA). Seu propósito é combater ilícitos transfronteiriços e ambientais na região da Tríplice Fronteira Norte (Brasil, Colômbia e Peru) e fortalecer a presença do Exército Brasileiro no Vale do Javari. Nesse ano, a 16ª Brigada de Infantaria de Selva já realizou sete operações desse nível, a saber: 

Conduzida pelas tropas do Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (CFSOL/8º BIS), com apoio da 16ª Base Logística de Selva (16ª Ba Log Sl), do 16º Pelotão de Comunicações de Selva (16º Pel Com Sl) e dos Pelotões Especiais de Fronteira do Exército Brasileiro, a operação conta ainda com a presença da Marinha do Brasil, por meio do 9º Distrito Naval que vêm atuando de maneira coordenada no combate aos delitos transfronteiriços.

Até o momento, foram neutralizadas 12 dragas com prejuízos estimados em mais de R$ 7.000.000,00 ao garimpo ilegal. Os militares percorreram mais de 2.000 km em ambiente de selva. Devido à complexidade na localização das áreas de garimpo, as ações são conduzidas de maneira pontual, embasadas em dados de inteligência. O foco das atividades concentra-se no combate a crimes como mineração ilegal de ouro, caça e pesca predatórias, tráfico de drogas e armas, além da proteção das comunidades indígenas e da fiscalização da fronteira.

O balanço das ações operacionais da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, abrange também outras apreensões, como 4.740 kg de drogas do tipo skunk, avaliadas em R$ 94.816.000,00, 480 kg de pasta base de cocaína, estimadas em R$ 57.600.000,00, 245 g de ouro, com valor aproximado de R$ 73.500,00, mais de R$ 45 mil em dinheiro em espécie e 234 mil litros de óleo diesel, com valor de mercado estimado em R$ 1.500.000,00. No tocante aos crimes ambientais, em operações interagências, foram neutralizadas 208 dragas, resultando em um prejuízo tangível superior a 405 milhões de reais. Ademais, aproximadamente 445 hectares foram preservados com a neutralização das dragas, impedindo a liberação de cerca de 160 kg de mercúrio nos rios.